Qual a Cor dos nossos Olhos?

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A cor pouco importa, o que precisa é ter brilho nos olhos. Mas não é sobre oftalmologia que vamos falar hoje, é sobre segurança. A IRIS, não aquela parte que dá cor aos nossos olhos, mas um acrônimo que significa Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança, é a referência para respondermos à pergunta do título. Esta nova ferramenta está chegando ao país recentemente, graças a uma nova visão sobre segurança viária que ganha corpo no país. Com este instrumento, buscamos ser mais proativos em relação à segurança no trânsito. Anteriormente, como avaliávamos, a segurança era muito reativa, basicamente olhávamos para os números de acidentabilidade e só. Com esta nova metodologia, procura-se uma visão mais ampla, mais completa, onde possamos enxergar não somente os danos, mas a origem destes infortúnios. Logo, deste modo, busca-se uma análise mais profunda que possa gerar políticas públicas capazes de reverter o atual quadro caótico do nosso trânsito. Mas voltando à pergunta inicial, como será que está nosso IRIS? Como anda o desempenho do Estado de Santa Catarina no cenário nacional? Pois bem, já é sabido que nós não estamos bem na fita ao considerar o número de sinistros e vítimas do trânsito, mas será que, com esta análise mais completa, estamos melhores? Para alento, através da metodologia IRIS, o cenário é um pouco melhor, mas nada de nos deixar orgulhosos. Santa Catarina está em sétimo lugar na classificação geral. A princípio, não é uma colocação ruim, considerando que temos 27 posições. Entretanto, ao fazer um paralelo aos números de sinistralidade, vemos que temos muito trabalho pela frente. Dos 7 pilares analisados no IRIS, o Estado apresentou melhor desempenho em educação e segurança, onde recebeu a nota máxima de cinco estrelas. Já nos pilares segurança veicular e vias seguras, obteve os menores índices, ficando com uma e duas estrelas, respectivamente. Na média de todos os pilares, ficamos classificados na 7ª posição geral, mas bem atrás dos nossos vizinhos setentrionais, Paraná e Rio Grande do Sul. Logo, temos que rever muito dos nossos conceitos, estudar, de forma séria e contínua, o que nos leva a ter um índice menor do que nossos vizinhos. Precisamos tratar o trânsito com uma seriedade que ainda não usamos. Deixar o amadorismo e esta cegueira seletiva e encarar o problema usando todas as ferramentas que dispomos para diminuir nossa violência no trânsito e torná-lo mais humano e gentil. Somente assim, traremos um ganho significativo em qualidade de vida para os catarinenses, e para todos que passam por aqui!