Exame toxicológico para primeira CNH é avanço lógico e necessário para promover segurança nas estradas

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Desde que o exame toxicológico de larga janela de detecção foi implementado em 2016 para motoristas profissionais das categorias C, D e E, seus resultados são contundentes: redução de 34% nos acidentes com caminhões e 45% com ônibus nas rodovias federais, economia estimada em R$ 74 bilhões ao PIB logo no primeiro ano e mais de 28 mil motoristas reabilitados após diagnóstico positivo para uso de drogas. Esse histórico inspirou o PL 3965/2021, aprovado por Senado e Câmara e parcialmente pela Presidência da República – que vetou o trecho da medida que estendia o exame para a primeira CNH.
A ampliação de sua aplicação pode contribuir para mudar um cenário delicado: no estado de São Paulo, 48% das mortes no trânsito estão associadas ao consumo de álcool ou drogas; jovens, público majoritário da primeira habilitação, apresentaram aumento de 20% no uso de drogas sintéticas entre 2009 e 2019, segundo o UNODC e a PeNSE/IBGE.
“Permitir que usuários frequentes de drogas obtenham CNH é um risco à segurança pública”, aponta Alvaro Pulchinelli Jr., Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML). “O exame de larga janela de detecção é uma maneira eficaz de identificar esse padrão”, completa.