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Será que amarelamos?

29/05/2025 13:17

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Estamos caminhando para a última semana de maio, e assim, encerando o mês do movimento Maio Amarelo. Um mês inteiro dedicado a alertar a sociedade para os cuidados necessários com a segurança no trânsito. Este ano, o movimento sugere, através do seu slogan, desacelere: a sua vida vale mais! No entanto, as pessoas parecem que não tiraram o pé e continuaram a todo vapor ignorando as normas de trânsito, arriscando suas vidas por míseros segundos. O que me parece é que vivemos o trânsito Reborn (leia a coluna da semana passada), que tudo está às mil maravilhas. Só que não! Nossos deslocamentos continuam sendo uma funesta loteria, onde entramos no jogo, rezando para não ser uma das quatro vidas que serão sorteadas naquele dia para engordar as terríveis estatísticas que desenham no trânsito nosso de cada dia. Queria eu estar sendo dramático, querendo apenas chamar sua atenção. Mas não, caro leitor, o cenário continua sendo de guerra. No Brasil, somente no mês do maio amarelo, 463 pessoas deixaram de viver, vítimas dos sinistros viários, isto somente nas rodovias federais. Este número já assusta, então o que dizer aqui do estado, que representou mais de 10% destes mortos? Santa Catarina ceifou 49 vidas, deixou que 49 cidadãos sucumbissem em suas vias federais, sendo 7 delas na serra catarinense. Vejam a tristeza de nosso desempenho ao deslocarmos por nossas estradas, é realmente uma questão muito importante para nos preocuparmos. No entanto, creio que passará o Maio Amarelo, viraremos o mês como quem vira uma página de um jornal, e amanhã, o ontem, não nos cutucará as ideias. E assim seguiremos, como se o hoje não fosse manchado pelo sangue de quem morreu ontem, vítimas de uma sociedade que não tem a segurança no trânsito como prioridade. Digo isto porque a relação de mortes entre o ano de 2024 e 2025 cresceu 32%, fruto do nosso descaso, da nossa falta de cultura de segurança. E até quando vamos continuar assim? Quantos mais Maios amarelos não teremos o que comemorar? Por isso, pergunto a você, leitor: amarelou neste maio? Reflita, olhe ao seu redor, analise seu círculo social e veja quem amarelou, quem aderiu à mensagem do movimento, desacelerou, priorizou a vida, entendeu que a mobilidade, sendo humana, deve ser de responsabilidade humana também. Só não se assuste com suas constatações. Ou melhor, se assuste e mexa-se para fazermos do restante do ano um tempo de mais segurança, de maior responsabilidade coletiva com a Vida!


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