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Este feriado de Páscoa que se encerrou “grudado” com Tiradentes, trazendo a triste notícia do falecimento do Santo Papa Francisco. Este homem inigualável se mostrou atendo a vida real, física, no entanto, em nenhum instante separada da vida espiritual. Em sua encíclica, ele sucinta a preocupação com nossa casa comum, ou seja, o nosso torrão de terra perdido no espaço, o qual compartilhamos. Neste documento, ele ressalta a importunância da sustentabilidade, cuja campanha da fraternidade deste ano está interligada com o tema Ecologia integral. Então, aproveitei para refletir sobre os ensinamentos deste santo, fazendo analogia com o nosso trânsito. A um primeiro momento parece ser um tema desconectado, mas ao analisarmos as raízes deste pensamento, vemos que os assuntos estão, sim, interligados. Primeiro, já no início, Francisco suscita a Casa Comum, ou seja, todos nós compartilhamos um mesmo espaço, um mesmo chão, uma mesma estrada, logo, se não nos organizarmos e termos uma atitude humanística, podemos acabar nos ferindo e machucando nossos irmãos. E será que não é isso que acontece todos os dias em nossas rodovias, ruas e avenidas? Somente neste feriado, em Santa Catarina, tivemos 164 feridos nas rodovias federais. Seguindo no pensamento, está escrito na encíclica que tudo está interligado, ou seja, só alcançaremos a plenitude humana quando todas as nossas ações estejam voltadas para garantir a vida, e a vida com qualidade e dignidade. Voltando ao feriadão, 8 pessoas morreram, não cuidamos bem destas pessoas, não tivemos o pensamento integral. Pois se assim tivéssemos, há muito tempo teríamos estradas melhores, mas seguras, teríamos educação para o trânsito nas escolas. As diretrizes da ONU, criadas para termos um norte e conseguirmos alcançar um desenvolvimento mais sustentável, já citam, em sua meta 3.6, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por sinistros em estradas, ou seja, está alinhadíssima com os preceitos do Papa. E nós? Estamos preocupados com isso? Lembrando que este pensamento é humanista, e independente da crença pessoal de cada um, se aplicado somente trará ganho à nossa sociedade. Por fim, para não me alongar muito, nós somos os guardiões da criação, ou seja, a bola está conosco! Não adianta reclamar por reclamar, precisamos de ação, de movimentos para que as vidas sejam poupadas, que cada vez menos pessoas sofram com as dores do trânsito. Precisamos de você! Seja um ativista de um trânsito mais seguro, de um trânsito mais harmonioso, onde possamos conviver em paz!
Laudato Si o trânsito nosso de cada dia!

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