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O julgamento no Tribunal do Júri de Lages acabou com um resultado inesperado na quinta-feira (27), alterando o rumo do caso do homicídio ocorrido na Avenida Dom Pedro II, em agosto de 2024. O réu, um policial penal envolvido numa discussão de trânsito que terminou em tiros, respondia inicialmente por homicídio triplamente qualificado e por duas tentativas de homicídio.

O episódio teve início em 18 de agosto, quando uma colisão entre dois veículos desencadeou uma sequência de provocações e ameaças. A altercação agravou-se rapidamente até que um dos participantes sacou uma arma de fogo e disparou. Um dos homens acabou atingido na cabeça e e foi a óbito no local, enquanto os outros dois se protegeram e não foram feridos.

Durante o julgamento, a defesa conseguiu convencer os jurados de que o acusado atuou sob “estrito cumprimento do dever legal”, embora tenha ocorrido um excesso culposo na conduta. Essa interpretação afastou a acusação mais grave e levou à desclassificação do crime.

Com a nova qualificação jurídica, o tribunal fixou a pena em apenas um ano de detenção. Como o réu encontrava-se preso preventivamente há período superior à pena imposta, a Justiça determinou a sua libertação imediata ao final da sessão.