Facebook
YouTube
Instagram
WhatsApp

Aos 259 anos, Lages reafirma seu papel de “Princesa da Serra” e vive ciclo de avanços urbanos e rurais

19/11/2025 18:27

' ' : ' '

Aos 259 anos, Lages revisita sua trajetória como “Princesa da Serra”, marcada por deslocamentos, disputas territoriais e pela força do território que moldou sua identidade. Da presença dos povos kaingang e xokleng às rotas dos tropeiros, do extrativismo à agricultura moderna, a cidade reforça seu papel histórico e regional enquanto avança em frentes urbanas e rurais.
Antes da fundação oficial, os Campos de Lages eram ocupados pelos povos indígenas, que viviam da caça, do pinhão e das águas do planalto. A chegada dos colonizadores intensificou conflitos pela posse dos pinheirais, essenciais à sobrevivência indígena. A região se tornou estratégica com a abertura da rota dos tropeiros, caminho que ligava São Paulo ao Rio Grande do Sul e transformou Lages em ponto de passagem do gado.
Fundada por Antônio Correia Pinto em 1766, a vila passou por tentativas fracassadas de instalação até se fixar definitivamente em 1771. Disputas com fazendeiros gaúchos e tensões territoriais entre os estados marcaram as primeiras décadas. Em 1820, Lages deixou o domínio paulista e integrou-se à capitania de Santa Catarina, consolidando-se como território estratégico no Sul.
Ao longo dos séculos, o município atravessou acontecimentos decisivos, como a Guerra dos Farrapos e a Guerra do Contestado. Sua economia, sustentada pela pecuária e pela exploração da araucária, transformou Lages em referência política e econômica. Com 2.644 km² — o maior território de Santa Catarina — a base produtiva segue ligada aos campos, florestas plantadas e à expansão agrícola.
Nos últimos anos, a Serra Catarinense firmou-se como nova fronteira agrícola, com destaque para o crescimento expressivo do trigo, da soja, da cevada e do lúpulo, aproximando Lages do setor cervejeiro. Paralelamente, o espaço urbano passa por revitalizações, como a requalificação do Centro, a modernização do Mercado Público e melhorias em mobilidade, iluminação e habitação, transformando o cotidiano da população.
Com 164.981 habitantes, PIB de R$ 5,9 bilhões e indicadores positivos em educação, Lages celebra 259 anos equilibrando memória e futuro.
A antiga rota dos tropeiros permanece viva na cultura, enquanto o vasto território — palco de conflitos, enchentes e mudanças produtivas — continua definindo o ritmo da cidade. O aniversário marca não apenas sua fundação, mas a permanência de uma história que atravessa séculos e segue presente no dia a dia dos lageanos.
Com 164.981 habitantes e um PIB de R$ 5,9 bilhões, Lages celebra seus 259 anos equilibrando tradição e renovação. Além da história que atravessa séculos, a cidade preserva e valoriza importantes pontos turísticos, como o Morro da Cruz, a Catedral Diocesana — uma das mais visitadas da região —, o Salto Caveiras e o Parque Jonas Ramos (Tanque). Esses espaços, combinados ao patrimônio cultural e à força do território, reforçam a identidade lageana e ajudam a contar a trajetória de um município que segue se reinventando sem perder suas raízes.

mais sobre:

Deixe uma resposta

publicidade