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Vou de táxi, você sabe...

05/11/2025 23:43

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Quem viveu a juventude nos anos 80 dificilmente não esquece do hit que fez sucesso na voz de Angélica. O que a maioria não sabe é que a música é uma versão brasileira de um sucesso europeu, ou seja, copiamos o sucesso do velho mundo, e deu certo por aqui. Pensando desta forma, e aproveitando o título, podemos fazer uma analogia quanto aos transportes coletivos em comparação aos individuais. Como sabemos, nossas cidades, em especial as grandes metrópoles, estão saturadas de veículos. Eu não fiz uma pesquisa acadêmica, mas arrisco a dizer que a maioria absoluta destes veículos transita sem sua capacidade máxima de passageiros. E ainda, lanço um desafio para você, leitor: gaste um tempo observando os carros em alguma esquina da sua cidade e faça uma média de quantos passageiros estes veículos transportam. Garanto que não será muito diferente do meu achismo. Copiamos o Hit, mas não aderimos à ideia de um transporte coletivo. Na Europa, o transporte coletivo se destaca em relação ao transporte individual. Poderia ser melhor? Até poderia, mas está a anos-luz da nossa realidade tupiniquim. Aqui, o transporte coletivo se resume basicamente aos ônibus circulares, que, via de regra, andam lotados sem oferecer o mínimo de conforto aos passageiros. Trem, nem pensar, além de poucas metrópoles. Resultado, enchemos as ruas de carros e motos e sobrecarregamos nossa capacidade de infraestrutura viária, que, cá entre nós, deixa muito a desejar. Mas voltando à melodia, com o surgimento dos aplicativos de transporte, houve um certo acréscimo no uso de veículos coletivos, mas impactando de uma forma tímida na mobilidade. Inclusive, os aplicativos vieram dar uma chacoalhada nos taxistas que estavam estacionados no tempo (gostei do trocadilho), não se importavam com a qualidade do serviço, a forma como transitavam, pois não havia cobrança. Quando vieram os aplicativos, com avaliação dos serviços, praticidade de uso, preço justo, eles saíram da inércia. Todavia, como já falei, isto tudo ainda é muito pouco em relação à necessidade que temos em retirar veículos da via através do transporte coletivo.
Vejamos que um ônibus transporta o equivalente a no mínimo 38 automóveis. Olha só a diferença que isto representa para a mobilidade! Logo, uma política de transporte séria, que considere o transporte coletivo como prioridade, que este seja atrativo, é indispensável para a qualidade de trânsito. E também é uma forma de reduzir os sinistros, pois com menos veículos, menor a probabilidade de haver colisões. Transporte público coletivo de qualidade é fundamental para uma cidade sustentável, pense nisso e ajude quem desenvolve este tipo de política.

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