Eu vou pra La, La... Lages

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Nesta época, já virou tradição dar uma chegada na serra catarinense. Uma visita à Princesa da Serra é indispensável para quem quer curtir um friozinho regado a muitas diversões e um mergulho nas tradições do povo lageano. A Festa Nacional do Pinhão é o ímã que atrai as pessoas para as plagas de Lages. Esse atrativo cultural traz em seu portfólio muita música, danças e uma gastronomia inconfundível.
Todavia, as pessoas não se teletransportam: elas chegam pelas diversas rodovias que cortam a região, sejam elas estaduais ou federais. Isso significa que teremos um afluxo maior de veículos se deslocando para nossa cidade, principalmente vindos de municípios vizinhos. Mas, claro, viagens mais longas também são percebidas.
Acontece que essa mistura — trânsito local mais visitantes — regada a festas, onde o frio convida a experimentar bebidas quentes (que muitas vezes possuem graduação alcoólica), requer uma atenção especial de todos.
Aos que já conhecem a região, há o risco de se deixarem seduzir pela falsa sensação de segurança e caírem na armadilha da homeostase do risco, que faz com que, com base no conhecimento local, avancem sobre algumas regrinhas básicas de segurança, como, por exemplo: pisar mais fundo, beber “só um pouquinho”, pois “já conheço o caminho de cabo a rabo”. É aí que mora o perigo.
Para os visitantes, que mesmo com os caminhos inéditos se arriscam a esquentar o peito com boas doses de quentão — afinal, o frio é de matar —, é preciso lembrar que o que realmente mata é a mistura explosiva de álcool e direção.
E quando todos se encontram — pois as vias são as mesmas, não existem rodovias ou ruas só para turistas e outras para o povo local —, as coisas podem piorar. Quando a imprudência, seja motivada pela teoria da homeostase do risco, seja por achar que mesmo fora de casa as estradas são todas iguais, ou ainda por pura cultura que ignora os riscos do trânsito, os perigos aumentam de forma exponencial.
Não deixemos que isso aconteça e macule esta festa tão linda. Tenhamos muita prudência, muita paciência; respeitemos as regras e a legislação, não por medo dos “hôme”, mas por saber que essa é a forma mais garantida de irmos, nos divertirmos e voltarmos para casa sem nenhum imprevisto.
Portanto, ande com cuidado, viaje com paciência, planeje a viagem considerando um tempo tranquilo de percurso. Dirija defensivamente, preste atenção ao ambiente à sua volta, cuide dos visitantes. Assim, poderemos sempre cantar alegremente: “Eu vou pra Lala... Lages, eu vou pra Festa do Pinhão!”