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Um servidor do Fórum de Lages e dois prestadores de serviço de instituições financeiras foram condenados à prisão em regime semiaberto por envolvimento em um esquema de corrupção que favorecia a execução de mandados de busca e apreensão de veículos. O caso foi revelado após investigação do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), que prendeu o trio em agosto de 2022.

Segundo o Ministério Público, o servidor público usava indevidamente o sistema do Poder Judiciário para escolher mandados que lhe interessavam, designando a si próprio para cumpri-los. Ele ainda informava falsamente ter localizado veículos em outras cidades, o que lhe garantia pagamentos maiores, simulando o deslocamento para regiões distantes.

Os três foram denunciados pela 5ª Promotoria de Justiça da comarca de Lages e agora receberam sentença condenatória. O servidor cumprirá sete anos, seis meses e 20 dias de reclusão por associação criminosa, corrupção passiva e falsidade ideológica, além de um ano, cinco meses e 10 dias de detenção por violação de sigilo funcional e corrupção privilegiada. Ele também perderá o cargo público.

Os comparsas, que atuavam junto a instituições financeiras, foram condenados a cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão e dez meses de detenção por associação criminosa, corrupção ativa e violação de sigilo funcional. A decisão ainda cabe recurso.

O promotor de Justiça Jean Pierre Campos destacou que a sentença reforça o combate à corrupção e à desmoralização do serviço público. “A sociedade precisa ter a certeza de que o serviço público não é um espaço para negociatas, mas um compromisso com a legalidade e com o cidadão”, afirmou.