Festa do Pinhão tem menor investimento da Prefeitura e prestação de contas inédita

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A 35ª edição da Festa Nacional do Pinhão foi tema de uma coletiva de imprensa realizada pela Prefeitura de Lages na manhã de terça-feira (15). Pela primeira vez, a administração municipal apresentou um detalhado balanço financeiro e social do evento, destacando o novo modelo de organização, os impactos econômicos positivos e o menor investimento direto do poder público em comparação com edições anteriores.
Realizada entre os dias 6 e 22 de junho, a Festa contou com mais de 125 atrações culturais distribuídas ao longo de 17 dias de programação. Com o novo formato “Raízes”, a proposta da Prefeitura foi democratizar o acesso à cultura, priorizar shows gratuitos e valorizar a produção local. “Essa foi uma edição histórica. A Festa do Pinhão voltou às suas origens, com inclusão, segurança e foco na cultura regional. A Sapecada, por exemplo, será mantida no Centro da cidade, como aconteceu neste ano”, afirmou a prefeita Carmen Zanotto.
O investimento total na realização do evento foi de aproximadamente R$ 5,2 milhões. Deste montante, apenas R$ 1,3 milhão saiu dos cofres da Prefeitura – valor inferior ao inicialmente orçado e também mais baixo do que os aportes realizados em gestões anteriores. O restante foi financiado com recursos do Governo do Estado (R$ 2 milhões) e de patrocinadores (R$ 1,6 milhão), além de R$ 160 mil em outorga de bares durante os shows nacionais. Segundo o secretário da Fazenda, Evandro Frigo Pereira, os dados completos da arrecadação e despesas já estão disponíveis no Portal da Transparência.
Um dos grandes destaques da edição foi o acesso gratuito aos shows nacionais por meio de ingressos nominais, medida que garantiu maior controle e segurança. A infraestrutura de segurança também foi reforçada com 40 câmeras de reconhecimento facial instaladas no Centro e a atuação de 80 policiais militares adicionais. De acordo com pesquisa aplicada durante o evento, 90% do público aprovou a experiência.
O impacto na economia local também foi significativo. A participação de entidades sociais, produtores artesanais, associações culturais e cooperativas resultou em uma movimentação direta de R$ 2,2 milhões para esses grupos. Já o comércio de Lages, segundo levantamento do diretor executivo da CDL, Jhonathan Roberto, foi registrado um crescimento médio de 20% nas vendas no período da Festa. O setor hoteleiro também teve destaque, com alta taxa de ocupação, especialmente durante os finais de semana e nos dias de shows mais esperados.
O Coronel Fernando do 2° CRPM, destacou o sucesso da festa segura, com uma nova inovação esse ano que foram a instalação das câmeras de reconhecimento facial, a qual visou coibir crimes durante a festa e reconhecer criminosos com mandado de prisão em aberto.
Carlos Eduardo (CACO), representando as entidades ACIL, UNIPLAC e CDL, afirma que ‘’O caráter comunitário das entidades fez toda a diferença na festa desse ano’’, enfatizou também que esse ano ‘’que nossa comunidade, se fez presente, vendendo nossa cultura, ao preço que ela vale’’
A secretária de Turismo, Ana Vieira, destacou a importância do evento para posicionar Lages de forma definitiva no roteiro turístico da Serra Catarinense. “A Festa do Pinhão impulsionou não apenas o turismo cultural, mas também fortaleceu a economia local, gerando empregos e movimentando o comércio. A presença de visitantes no Mercado Público e a adesão da rede hoteleira reforçam o sucesso da edição”, afirmou.
Outro ponto relevante foi o alcance da comunicação da Festa. De acordo com o executivo de Comunicação da Prefeitura, Diogo Schimitz, o conteúdo oficial da Festa nas redes sociais atingiu mais de 8 milhões de pessoas de forma orgânica, além de reportagens e matérias em veículos da imprensa estadual e nacional.