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Governador apresenta modelo que levou SC a ser o estado mais seguro do país na CPI do Crime Organizado

17/12/2025 16:27

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Reconhecido nacionalmente como o estado mais seguro do Brasil, Santa Catarina passou a ser referência no enfrentamento ao crime organizado e às facções criminosas. Esse protagonismo levou o governador Jorginho Mello a ser convidado a participar nesta quarta-feira, 17, em Brasília, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, instalada no Senado Federal, juntamente com o secretário da Segurança Pública, Flávio Graff e com a secretária de Justiça e Reintegração Social Danielle Amorim Silva. A participação contribuiu para mostrar ao país estratégias e políticas públicas que vêm garantindo resultados expressivos na segurança pública catarinense.

“A agente atua na prevenção, no combate e no controle ao crime. As Forças Policiais do Estado trabalham religiosamente juntas. As polícias conversam todos entre elas. Com inteligência, conseguimos colaborar com todos os estados do Brasil, antes mesmo do crime ocorrer. Arma não vem do céu, droga não vem do céu, o Governo Federal precisa atuar nas fronteiras”, disse o governador.

Jorginho Mello ainda destacou os esforços do Estado em investir em profissionais, equipamentos e inteligência. “A gente coloca 12% do orçamento do Estado em Segurança Pública e isso tem dado resultado. Estamos fazendo investimentos históricos nas nossas polícias, valorizando os policiais, adquirindo equipamentos modernos. Além disso, a qualificação da nossa polícia é muito boa. É um time que sabe o quê tá fazendo”, afirmou. 

Ao longo de 2025, Santa Catarina teve a liderança confirmada em diferentes levantamentos nacionais. O estado ocupa o primeiro lugar no Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), pelo sétimo ano consecutivo. No Anuário das Cidades Mais Seguras, municípios catarinenses, incluindo a capital Florianópolis, voltaram a figurar no topo do ranking. O Atlas da Violência e o Anuário Brasileiro de Segurança Pública também apontam Santa Catarina como um caso de sucesso na redução da violência letal e dos crimes patrimoniais.

O secretário Flavio Graff, destacou o trabalho de integração e inteligência das Forças de Segurança. “Nós temos uma estratégia bastante ousada de enfrentamento de organizações criminosas em SC. O nosso governador tem um olhar diferenciado para a Segurança Pública. Temos os equipamentos mais modernos, além de toda a valorização do profissional. Temos as Forças de Segurança e nos reunimos constantemente para conversar sobre a situação em SC, para estar um passo sempre adiantado. Usamos a inteligência como eixo central para identificar lideranças, operadores e financiadores do crime organizado”, ressaltou.

O secretário ainda destacou a integração dos órgãos públicos em Santa Catarina. “Temos uma ferramenta que é um grupo de acompanhamento e monitoramento de facções criminosas que é composto pelas nossas Forças de Segurança, por integrantes do MPSC, do Judiciário, de órgãos federais como PRF E PF e Abin e tudo isso se transforma em ação firme nas ruas. Destaco também a Delegacia da Polícia Civil especializada no combate à lavagem de dinheiro e a DRACO, de repressão ao crime organizado, que ao longo deste ano já desbancou do crime mais de R$ 50 milhões, o que contribuiu para o enfraquecimento, atuando nesse ataque ao financiamento”, explicou. 

A secretária da Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim, falou um pouco sobre a logística dos presídios e penitenciárias catarinenses, que separa líderes de facções criminais. “A identificação ocorre já na porta de entrada e assim podemos separar as lideranças. Quando isso não ocorre na porta, temos nossa inteligência. Também usamos do trabalho que é sim uma estratégia de segurança pública. Hoje temos 35% dos presos trabalhando, são quase 11 mil presos trabalhando, e quase todos querem trabalhar, mas fazemos uma seleção. É feita toda uma análise de segurança da unidade prisional. Se ele é faccionado não colocamos para trabalhar, porque isso é estratégia de combate ao crime organizado”, detalhou Danielle. 

Estavam presentes ainda a secretária da Articulação Nacional, Vânia Franco, o secretário adjunto da SSP, Sinval Santos da Silveira Junior, o comandante-geral da PMSC, Emerson Fernandes, e o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel. 

Queda histórica nos homicídios

Os dados mais recentes reforçam esse cenário positivo. No período de 1º de janeiro a 30 de novembro de 2025, Santa Catarina registrou uma queda de 15,4% nos homicídios, passando de 456 casos em 2024 para 386 em 2025. A redução é ainda mais significativa quando comparada a 2022, ano em que o estado contabilizou 473 homicídios no mesmo período.

Além disso, os meses de junho, julho, agosto e setembro de 2025 apresentaram os menores índices de homicídios dos últimos 18 anos para esses respectivos períodos, consolidando consistentemente a redução da violência letal.

Investimentos e combate direto às facções

Por trás da queda dos índices está um conjunto robusto de investimentos e estratégias. Atualmente, 12% do orçamento do Estado é destinado à segurança pública. Somente em 2024, os aportes nas forças de segurança chegaram a cerca de R$ 1,2 bilhão. Além disso, o Estado concedeu um aumento salarial de 21,5%, o maior aumento real da história das carreiras da segurança pública catarinense.

No enfrentamento direto às facções criminosas, Santa Catarina adota protocolos unificados de inteligência, monitoramento e repressão, com domínio absoluto sobre o sistema prisional, isolamento de lideranças, limitação da comunicação ilícita e integração permanente entre Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Polícia Científica e Ministério Público.

Entre 2023 e 2025, somente as delegacias especializadas, de Repressão ao Crime Organizado e de Lavagem de Dinheiro, apreenderam mais de R$ 120 milhões em bens ligados às organizações criminosas, enfraquecendo financeiramente as facções. O estado também se destaca pela alta resolutividade dos inquéritos policiais, com índices superiores a 99% nos casos envolvendo organizações criminosas.

Redução também em outros crimes

A queda da criminalidade não se restringe aos homicídios. Segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio da Gerência de Estatística e Análise Criminal (Geac/Dine/SSP-SC), o número de mortes violentas, que inclui homicídio, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção legal de agente do Estado, caiu 9%, passando de 618 casos em 2024 para 562 em 2025.

O feminicídio também apresentou redução. Foram 47 vítimas em 2025, contra 48 em 2024, além de uma diminuição de cinco casos em relação a 2022, reforçando o impacto das políticas de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher.

Nos crimes contra o patrimônio, os resultados seguem positivos. O número de roubos caiu 17,3%, passando de 5.468 ocorrências em 2024 para 4.523 em 2025. Já os furtos apresentaram redução de 5,7%, com 93.968 registros em 2025, frente a 99.286 no ano anterior.


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